sexta-feira, 13 de junho de 2008

Manual Da Traição



Título: Livro - Manual Da Traição
Autor: Jonathan D. Spense

Pesquise preços: http://compare.buscape.com.br/manual-da-traicao-jonatha-spence-8535902651.html

Boa Leitura!!

Dicas Para Trair Com Segurança!



OK...Ok.....Vamos lá...Algumas dicas para não ser descoberto!

Preparado(a)?

1. NUNCA ligar ou mandar mensagens para seu/sua amante, do seu celular( principalmente se for pós pago!).

2. NUNCA ligar para o celular de seu/sua amante do seu telefone fixo.

3. NUNCA buscar seu/sua amante no mesmo local.

4. NUNCA marcar encontros na casa de seu/sua amante.

5. NUNCA EM HIPÓTESE ALGUMA levar seu/sua amante na sua casa.

6. Use nomes fictícios.

7. Cuidado com o Perfume de seu/sua amante.

8. Sem olhos perfumados na banheira do motel!

9. De preferência não deixe que seu/sua amante saiba onde você mora. ( é perigoso caso você decidada abandona- la (lo).)

10. Não tenha horários ou dias fixos para ver seu/sua amante.

11. Não deixe seu/sua amante saber muito da sua vida.

12. Tenha sempre um bom álibi. ( para cheiro de bebidas..cigarros..etc...).

13. Se o(a) ver por pelas ruas, finja não conhecer, lembre-se nada, NADA pode liga-lo a ele(a).

No mais....srsrsr....caso não seguir a risca esses conselhos...prepare-se para ser descoberto!

Origem Da Palavra!


* Infidelidade: Do latim infidelitate

* Trair: do latim traditione (entrega)


O que é traição


A palavra traição revela uma ambigüidade não só etimológica quanto semântica, pois vem do latim tradere, que queria dizer, numa linguagem militar, entregar nas mãos de alguém, fazer a passagem ou a entrega das armas ou da cidade. Desta forma, o substantivo latino traditio que correspondia a passagem e entrega, ocultou sua valência original - que tanto significa traição quanto ensinamento - e passou a significar somente o oposto, ou seja, segundo o dicionário Aurélio, o ato ou efeito de trair perfídia infidelidade, emboscada.A traição, em sua moderna acepção, se revela no estragar as coisas, desejar, enganar, seduzir, tentar, fraudar, culpar, confundir, ocultar, fugir, roubar, mentir, dentre tantas demonstrações de nossa ambivalência e ambigüidade internas que se imiscuem em nossos relacionamentos.
Parece que a psique ainda virginalmente inconsciente e irrefletida, necessita ser iniciada pela fratura exposta da traição, pois esta expressa uma dimensão dramática da realidade ao decretar a renúncia das exigências infantis de fidelidade absoluta, e conduz ao enfrentamento da experiência primária. Seremos, quando traímos ou somos traídos, os instrumentos de uma fidelidade mais profunda a algo mais vasto, que transcende interiormente nossos objetivos imediatos, nossos planos? (Carotenuto, p.27).


O que ocorre quando descobre-se uma traição?


1 - A vingançaApesar de promover a descarga da tensão acumulada pelo recebimento do agravo, a vingança não é produtiva do ponto de vista psicológico porque se for adiada e refinada se torna obsessão, causando a redução da consciência.2 - A negaçãoQuando Eva ainda não foi acionada dentro de nós, quando a ambivalência interna está reprimida, nós nos mantemos no estado adâmico de inconsciente inocência infantil; reprimimos a anima - aquela capacidade de avaliar se o relacionamento está bom ou não, se está precisando de alguma coisa. Agimos como se já fosse suficiente o que se vê, o que se crê e o que se tem. E quando nos acontece a traição, negamos no outro as qualidades que há pouco elogiávamos, e somos tentados a ver a sombra do outro, para a qual fechávamos os olhos. Ou, inconscientemente , olhávamos para o outro lado - na repressão. Quando há uma falha aqui, a pessoa passa a negar todas as possibilidades e esperança.3 - O cinismoAs nossas decepções com a pessoa amada, com o partido político, com o amigo, o superior ou com o analista, em algum momento se torna uma atitude cínica e amarga de desqualificação e desvalorização. As mulheres ou os homens são falsos, as causas políticas são para os ingênuos, etc. O perigo existente no discurso cínico é o de zombar do próprio destino, desmerecer os próprios ideais e as ambições pessoais mais elevadas, retirando a seiva da vida e se refugiando em um círculo vicioso de amargura e falta de perspectiva, abortando assim a vida.4 - A traição de si mesmoA escolha por trair a si mesmo é reagir a uma traição a partir de valores que não são os nossos. Não há nada pior que isso. No momento mais difícil, o que há de pior aparece, e agimos da mesma forma cega e sórdida que atribuimos ao outro, o traidor. Nos desqualificamos. Nossos valores mais profundos, nossas pérolas, são vistas por nós como inutilidades, como lixo. Nos voltamos contra nossas próprias experiências mais valiosas, atribuindo-lhes valores negativos de sombra2, e passamos a agir de forma contrária às nossas intenções e ao nosso sistema de valores. Deitamos nossas pérolas aos porcos que não são os outros, mas as explicações grosseiras, as reduções das nossas delicadezas de toda uma vida ao pó da insignificância e da nulidade. Dizemos a nós mesmos que não seremos mais assim... Que não faremos tal coisa, etc. Rejeitamos o que é nosso, rejeitamos a nós mesmos praguejando contra nossa humanidade que foi assim, tão autênticamente vivida. No entanto, a ferida provocada revelou aquilo que se é. Distanciar-se de si mesmo é uma forma de evitar sofrer, entrando no que Jung chamou de "sofrimento inautêntico" da neurose, no qual deixa-se de viver a experiência pessoal de sofrimento por falta de coragem de ser. A exigência essencial é que se assuma o próprio sofrimento; de que se seja o que se é, não importando o quanto isso possa doer.5 - O desvio paranóideEssa opção estéril é, na verdade, uma medida contra novas traições, através da elaboração do relacionamento perfeito. Todo o tipo de prova e asseguramento é exigido do outro, pois não pode haver riscos à segurança.Toda essa convenção rescende mais à poder, que à amor, e nessas condições o relacionamento se sustenta mais pela palavra, do que pelo sentimento. Mas as promessas são relativas. Uma vez perdido o paraíso da confiança absoluta, ele não é mais recuperado, e tendo já passado pela traição "os novos relacionamentos terão que começar por um ponto diferente" (HILLMAN, op. cit. p. 90).O que se pode dizer do ciúme extremo e da possessividade, senão que expressam um contínuo sofrer a perda; um reviver incessante do abandono absoluto original em nossas relações com os outros. Desejamos nos libertar do vínculo primário, mas não o conseguimos, e daí nos envolvemos na sua repetição dolorosa.O que é preciso, então? O que nos traz essa vivência da traição? A necessidade de queimar o obscuro desejo de confiar no outro, de compreender que estamos errando de interlocutor, pois não é o outro que fará com que nos tornemos adultos. Não temos mais um pai e uma mãe para nos dar uma retaguarda. Essa ilusão, que projeta nos outros um “genitor”, escamoteia a possibilidade de nos vermos como quem realmente pode “provar a força de aceitar e viver completamente”. (CAROTENUTO, p.120).A traição é um evento estruturante. As fraturas e cisões em nossas relações sentimentais nos desestabilizam, formando e transformando nossa consciência nessa dor, ”via da inteligência e da compreensão do mundo” (NATOLI in CAROTENUTO, p.178). Mudamos os termos de nossa existência, resgatando o verdadeiro significado, o sentido disso que tanto feriu. Refletimos e elaboramos e começamos a crescer.


Afinal, por que as pessoas traem?


por Glória Melgarejo
A traição não é uma atitude que se possa chamar de moderna. Sempre existiu. Homens e mulheres, de uma forma ou de outra, nunca estiveram livres do "pecado" do adultério. É fato que, em nossa sociedade, a tolerância com a infidelidade masculina sempre foi maior do que com a das mulheres. Com a revolução feminista, no entanto, o sexo dito "frágil" passou a se preocupar menos com a dissimulação de seus atos, e, mais abertamente, a assumir que também está sujeita a dar as suas "puladinhas de cerca".

Mas, afinal, por que as pessoas traem?

Segundo a psicoterapeuta Olga Inês Tessari, são vários os fatores que levam à traição: questões culturais, carências, insatisfação em relação a desejos e expectativas com o (a) parceiro (a), vingança, a busca pelo novo, o estímulo provocado pela sensação de perigo, ou mesmo de poder. "A idéia de posse existe em quase todas as relações estáveis e as cobranças de fidelidade são normais e aceitas pela sociedade."

A falta de diálogo entre o casal é outro motivo relevante. "Essa comunicação é transferida para outra pessoa. Opta-se, neste caso, por uma saída aparentemente mais fácil. Por vários motivos, é excluída a possibilidade de aceitar o outro como ele é. Ao invés de tentar crescer com seu parceiro, algumas pessoas passam a acreditar que só terão alegrias, emoções e crescimento fora do casamento", declara Olga.

Relações monótonas, que caem na rotina, também são convites ao adultério.

"Qual ser humano consegue viver sem emoção?", pergunta a especialista em dificuldades nos relacionamentos. Em situações como essa, as pessoas costumam se acomodar. Esse conformismo, segundo Olga, "gera pessoas insatisfeitas, ressentidas, e arrependidas do que nunca fizeram..." Está aí aberta uma porta para a traição. "Mais dia menos dia, elas podem ser levadas a buscar, em outra pessoa, aquilo que ficou reprimido, por muito tempo, no relacionamento que está vivendo."

O terapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Jr., acredita que, em muitos casos, a infidelidade pode causar sofrimento. Além das pessoas que traem "porque desejam, racional e voluntariamente, ter relacionamentos sexuais e afetivos variados", existem aquelas que são infiéis "porque repetem, involuntariamente, padrões culturais e socialmente impostos, de que as pessoas têm que ter relacionamentos múltiplos", esclarece. Segundo o terapeuta sexual, há ainda as que "mentem e sabem que não estão seguindo os compromissos de modo sincero, mas o fazem para burlar regras e brigar com o que aprendeu".

Existe uma crença de que os homens traem mais do que as mulheres. Será?

Oswaldo Rodrigues acredita que, embora isso seja uma tendência (os homens aprendem, desde pequenos, que podem ter mais de um relacionamento, e sentem-se, por isso, apoiados na verdade), não existem pesquisas confiáveis sobre números de traições. "O discurso social é exagerado", afirma o terapeuta. Por quê? Os homens, geralmente, falam demais, no intuito de "validar sua masculinidade". Segundo Oswaldo, a porcentagem de infiéis deve girar "em torno de 25% dos homens".

Para Olga Inês, a idealização da "mulher perfeita", pelos homens, e do "homem que as apoie e as ajude", pelas mulheres (que costumam confundir "casamento com felicidade"), faz com que as pessoas reivindiquem muito umas das outras, "o que gera muitas frustrações, abrindo caminho para a infidelidade".

A psicoterapeuta lembra, contudo, que nossa sociedade é patriarcal e machista. "Os homens são educados para não desperdiçarem nenhuma oportunidade de demonstrar sua masculinidade e sexualidade, e a traição masculina é melhor aceita do que a feminina."

As diversas reações e como fica o amor

As reações ao adultério são as mais diversas. Oswaldo diz que tudo "depende do contexto no qual a traição aconteça". Quando se toma conhecimento do fato através de uma confidência, mantendo-se a privacidade, a tendência é a de se desculpar o traidor. No entanto, quando a traição torna-se pública, o problema aumenta, porque as pessoas envolvidas sentem a necessidade de uma resposta pública. Precisam agir. "A ação vai desde um abandono do relacionamento à destruição da outra pessoa, com um homicídio", explica Oswaldo. "Socialmente, isso era até aceito no Brasil há cerca de 30 anos, quando a traidora era a mulher e o homem tinha o direito de lavar a honra com sangue..."

Olga lembra que, por questões de dependência econômica, as mulheres, geralmente, aceitam melhor a traição, "acomodando-se e omitindo-se por temer pela família e por elas mesmas. Quando descobrem a traição, elas adotam a postura de mãe compreensiva".

Já os homens traídos fazem de tudo para fingir que não sabem. Se assumirem que têm conhecimento da infidelidade, "terão que tomar uma atitude perante a sociedade (que aceita muito melhor a traição masculina do que a feminina).
No geral, a psicoterapeuta, acha que, "a menos que a relação seja totalmente destituída de sentimentos, é muito difícil suportar a infidelidade", mas, para a maioria das pessoas, ela ainda "é um acontecimento muito mais suportável do que a separação".

Traição significa ausência de amor?

Oswaldo acredita que "não necessariamente. Tudo depende de como o relacionamento se estabeleceu, desde o início".
O terapeuta faz distinção entre "amor" e "casal socialmente formado". "Uma pessoa pode amar outra, mas isso não significa que esteja disposta a se comprometer a ações e comportamentos socialmente determinados ou permitidos. As formas de pensar e a moral de cada pessoa não estão necessariamente associadas ao amor que sente."

Olga lembra que, "teoricamente, quem ama respeita e quem respeita não trai". No entanto, há casos em que as traições "são experiências fortuitas e ocasionais". O pior é quando "a infidelidade torna-se uma constante e serve como uma muleta para a manutenção de um relacionamento, buscando-se, lá fora, a complementação do que não se tem dentro de casa". Quando isso acontece, "é hora de se parar e refletir seriamente sobre seus ideais de vida e de relacionamento", alerta a psicoterapeuta.